Atualmente há centenas (ou milhares?) de aplicativos que podem te ajudar na sua viagem, seja dando dicas de lugares para visitar, seja permitindo que você organize melhor suas despesas. Enquanto planejava minha última viagem para o exterior, pesquisei diversos aplicativos (gratuitos na Apple Store) que trazem informações úteis e organizadas para os viajantes de plantão. Abaixo listo os dez que considero mais úteis na hora de viajar:

VT (Viagem e Turismo): são aplicativos da revista “Viagem e Turismo”, cada um específico para uma cidade. Eles trazem dicas interessantes sobre cada local, atrações, museus, locais para comer, etc. Você pode utilizá-lo durante o planejamento da sua viagem ou para consultar as dicas quando já estiver fazendo os passeios. Outras revistas de viagens também possuem aplicativos online, mas normalmente disponibilizam o conteúdo de uma edição real da revista e não compilam os dados por cidade ou país, como o VT.

Viajantes: este é o aplicativo oficial da Receita Federal, com informações sobre o que é possível trazer do exterior sem pagar impostos; limites de isenção e quantidades permitidas; dentre outros dados. É bacana para usar como consulta, quando tiver dúvidas sobre o que é ou não permitido ao passar pela alfândega.

Travel Pocket: testei a versão gratuita deste aplicativo e, apesar de simples, achei bem útil, pois permite você inserir todos os seus gastos e pesquisar, por exemplo, a loja onde gastou aqueles 200 euros ou lembrar a localização daquele restaurante que você amou, mas esqueceu do nome. Criado para registrar as despesas da viagem, neste aplicativo você inclui as compras e gastos feitos durante ou antes da sua viagem, e ele identifica sua localização, gravando automaticamente o endereço e outros detalhes sobre o local. Além disso, você pode converter seu dinheiro de reais para outra moeda, à medida que comprar o dinheiro ou fizer gastos no cartão, assim você sempre terá o saldo atualizado da sua verba. Existe também a versão paga do aplicativo, mas esta ainda não testei.

Expensify: este é outro aplicativo de planejamento financeiro que permite registrar todas as despesas, mas que ainda não testei. Neste sentido sou um pouco conservadora e continuo usando planilhas pra fazer o orçamento da minha viagem, mas, pra quem gosta de registrar os gastos e depois avaliar como utilizou a verba da viagem, este aplicativo é uma opção que promete deixar o processo mais simples e prático. Todas as informações podem ser inseridas através do scanner, sem que o usuário precise digitar as informações. Ao fotografar recibos e tickets, o app organiza automaticamente todas as informações relacionadas, além de calcular gastos com combustível e converter moedas. Também disponível na versão para iPad.

iPostal: quando encontrei este aplicativo, não larguei mais! Achei muito bacana a ideia de usar as tecnologias disponíveis hoje para resgatar hábitos antigos, como o envio de cartões postais. Este app transforma sua foto em um cartão postal e faz a entrega (física) no endereço que você escolher. Você pode editar a foto, escrever uma mensagem personalizada e registrar sua viagem de uma forma diferente. O aplicativo não é pago, mas para cada cartão postal enviado é cobrada uma taxa. Pra mim o custo vale, em troca de enviar um cartão postal personalizado e sem a necessidade de comprar selos e postar a correspondência. Experimente!

Tradutor: este aplicativo do Google é super conhecido, pois é útil não só em viagens, mas também no seu dia-a-dia, no trabalho ou nos estudos. Para quem não conhece, ele traduz texto para 90 idiomas e traz também a opção de traduzir um som (alguém falando em outra língua) ou de ler em voz alta um texto que você acabou de traduzir. Você também pode escrever à mão o que quer traduzir e ele identifica as palavras, assim como faz no “Modo Câmera” (novidade!) quando você fotografa uma placa e ele traduz o que está escrito nela. Acho ótimo para aquelas horas de aperto na viagem, quando você não consegue entender o que o outro está dizendo ou o que está escrito no menu do restaurante. #ficaadica

Cotações UOL: além de informações sobre bolsa de valores, este app apresenta cotações de várias moedas em tempo real, além de históricos semanal, mensal e anual. Eu utilizo este com frequência enquanto planejo a próxima viagem, para acompanhar cotações do dólar e do euro, e decidir a melhor hora de comprar.

Yahoo tempo!: para mim, é o melhor aplicativo de previsão meteorológica até o momento. Além de dar a temperatura em tempo real, apresenta previsão dos próximos 10 dias, informações sobre sensação térmica, umidade, vento, além de lindas fotos da cidade selecionada. Por conta do período máximo de 10 dias, ele é mais útil quando a viagem está se aproximando (eu o uso para me ajudar a decidir o que colocar na mala) ou quando o passeio já começou (pra decidir o que vestir no dia).

Voos Online: este aplicativo da Infraero acompanha partidas e chegadas dos voos em território brasileiro. Muito útil para viagens nacionais, também serve para acompanhar a chegada de parentes e amigos do exterior ou verificar se seu voo internacional está no horário. Você pode pesquisar os voos por companhia aérea, aeroporto ou por número do voo.

InstaPlace: este é um aplicativo para registrar e compartilhar momentos da sua viagem. Ele tira fotos, edita e compartilha imagens, com opção de legendas de local e temperatura, pra você partilhar aquele dia quente de verão em Ibiza ou aquela noite agradável que teve nos Alpes.

Estes são apenas alguns dos aplicativos que podem dar um upgrade na sua viagem ou te ajudar a planejá-la melhor. Se você conhece outros aplicativos interessantes pra quem ama viajar, compartilhe nos comentários deste post.

Boa viagem!

Que tal uma Road Trip pela Europa?

Eu adoro viajar e gosto demais de planejar minhas viagens. Pesquisar hotéis, definir roteiro, escolher atrações turísticas imperdíveis, selecionar restaurantes. Cada detalhe do planejamento é uma viagem em si e ele meio que prolonga a experiência do viajante, sabe? Apesar disso, depois de tantas oportunidades, pude perceber que a despeito de toda a dedicação “pré-partida”, as viagens ficam ainda melhores com um “tempero” especial: o improviso.

Quem quer fazer um passeio pela Europa, tem muitas opções de transporte: carro, trem, avião, cruzeiro e ônibus. Todas são de ótima qualidade, mas fazer uma “road trip”, de carro, tem aquele tempero a mais de poder modificar, acrescentar, transformar a viagem de um minuto para o outro.

Já fiz viagens de carro por Portugal e Espanha super legais quando morei lá, só que eram sempre viagens curtinhas, de um final de semana apenas. Mais recentemente fiz uma viagem para a Itália e tínhamos 16 dias para conhecer a maior parte possível da “Bota”. Ficamos em dúvida sobre comprar um daqueles passes de trem que permite viajar por certo tempo ou alugar um carro. Seria impraticável ver tudo que desejávamos, de norte a sul, e não queríamos que a viagem fosse tão cansativa, por isso nossa estratégia foi definir “bases” para passar a noite e fazer passeios por cidades próximas durante o dia. Definimos inicialmente pontos de chegada e partida diferentes (Milão e Roma, respectivamente) e usaríamos o restante do tempo para viajar entre uma parte e outra. Selecionamos Milão, Arcugnano, Mestre (Veneza), Florença e Roma para dormirmos e buscamos passeios próximos para irmos e voltarmos no mesmo dia.

Tanto o trem quanto o carro atenderiam à nossa necessidade, mas a ideia de comprar todos os bilhetes antecipados; não poder mudar de horário repentinamente; não poder se atrasar porque um ponto turístico precisava de mais tempo; nem poder parar a qualquer hora para apreciar uma paisagem na estrada; foi crucial para tomarmos a decisão de viajar de carro. E foi a melhor escolha que podíamos ter feito!

Selecionamos locais que não podíamos deixar de visitar, mas também ficamos abertos a sugestões que poderiam surgir durante a viagem. Durante todo o percurso, mudamos de ideias algumas vezes e isso só fez enriquecer nossa experiência. O carro possibilitou pararmos no meio da estrada para fotografar um campo de girassóis (bem típico da Toscana), comer no Autogrill quando estávamos famintos, conhecer cidades que nunca tínhamos ouvido falar, nos aventurar por um vinhedo “perdido” pelo caminho. Sem contar que o aluguel de carro não é tão caro, e as estradas bem cuidadas e de alta velocidade contribuíram para que não perdêssemos tanto tempo dirigindo.

Campo de girassóis na Toscana, Itália. Foto: Adriana Soares

Estrada na Itália. 

É claro que, a depender do tipo de viagem, do tempo e verbas disponíveis e do tamanho do grupo, o melhor meio de transporte pode ser outro, mas quem tiver tempo e vontade de sair um pouco dos roteiros mais clássicos, uma viagem de carro pode ser a solução.

Compras na Itália: moda, marcas e os melhores Outlets para suas compras.

Dizem que Milão é a capital da moda, então nada melhor do que fazer compras na Itália, certo? Com certeza o que não faltam são opções de lojas e marcas maravilhosas para se comprar nas terras italianas, mas se seu objetivo é fazer compras na Europa para economizar, fique atento a estas dicas!

QUADRILÁTERO D’ORO:

Também conhecido como Quadrilatero della Moda, é uma área de Milão famosa para compras. Tem lojas das melhores marcas da Itália (e do mundo) que ficam concentradas entre as ruas Montenapoleone, Alessandro Manzoni, Senato e Corso Venezia. É também onde se encontram as roupas mais caras do mundo, então a dica é conhecer o local, observar as pessoas, admirar as vitrines e deixar para fazer as compras em outros locais…

GALLERIA VITTORIO EMANUELE II

Belíssima galeria comercial situada na Piazza del Dumo, em Milão, é um espaço monumental com algumas das marcas mais famosas do mundo (Prada, Mercedez, Louis Viutton – além da Tim) e alguns restaurantes e cafés super transados. O telhado central da galeria é de vidro e altíssimo, vale a pena parar para admirar toda a beleza do local.

Fachada da Galeria Vittorio Emanuele II, em Milão. Foto: Adriana Soares

DESIGNER OUTLETS

Pra quem gosta de comprar bem, mas não pagar tão caro, uma boa dica é visitar os outlets italianos. São dezenas espalhados pelo País, mas alguns dos Designers Outlets eu conheci e são bem interessantes. O Serravale, situado a 96 km de Milão, em direção a Gênova, possui mais de 180 marcas, dentre elas a Prada, Hugo Boss, Timberland, Nike, Calvin Klein e outras ainda mais interessantes! Confira aqui a lista completa.

Já o Castel Romano, que fica próximo a Roma, é um Outlet um pouco menor, mas também com as principais marcas do mundo da moda. Os preços nos dois outlets são mais baratos do que das lojas de rua, mas ainda podem ser um pouco caros. As lojas de esporte (Adidas, Nike, Reebok) são as que valem mais a pena, com tênis a 30 euros e mochilas a 15.

Além das lojas de roupas, os outlets têm lojas de calçados, acessórios, produtos de beleza, utilidades para casa e uma grande loja da Lindht. Para quem não conhece, é um dos chocolates mais famosos (e deliciosos) do mundo. No outlet, além de uma variedade imensa de chocolates vendidos por peso, ainda há um café onde você pode saborear bebidas e petiscos preparados artesanalmente.

Outlet Serravale, na Itália. Foto: Adriana Soares

MARKET CENTRAL DA VINCI

Outra opção para compras na Europa são os centros comerciais a céu aberto. Ele reúne diversas marcas de roupa, calçados, alimentação, eletrônicos, brinquedos, esportes num único local, mas com preços normais de lojas. O Parco Commerciale Da Vinci é um destes centros que fica em Fiumiccino, próximo ao aeroporto de Roma e reúne lojas como Media World, H&M, Benneton, C&A, Toys Center, Maison du Monde, dentre outras marcas.

Para quem não conhece, a H&M está entre as maiores fast fashion do mundo e é uam das marcas mais vendidas na Europa, caracterizando-se como grande concorrente da Zara na Europa. Com lojas na Ásia, Europa, África, América do Norte (há rumores de que chegará ao Brasil em breve: leia aqui), é conhecida por suas roupas da moda com preços super reduzidos. Quem procura comprar roupas e economizar, está é uma grande dica!

LIQUIDAÇÃO

Independentemente do tipo de loja que você vai visitar, a melhor dica para as compras na Itália (e na maior parte da Europa) é aproveitar o período de liquidação. Duas vezes ao ano, em janeiro e julho, as lojas fazem uma grande promoção, chegando a dar descontos de até 80%. Na H&M, por exemplo, você poderá encontrar blazers a 10 euros, acessórios a 3 euros e outras pechinchas.

Com certeza valerá muito a pena fazer compras nestas épocas, difícil será colocar todas as compras nas malas!

Milão à noite

Já havia postado sobre a programação de ontem, mas acho que vale a pena falar um pouquinho sobre nossa saída à noite. Nossa ideia era ir a um barzinho na esquina do hotel, que havia sido recomendado pelo Keyguide Publifolha, chamado Le Bibiclette. Lemos que lá tem um buffet enorme de massas e petiscos no início da noite a 7 euros, para acompanhar os variados coquetéis servidos lá. Não chegamos a tempo de comer (a cozinha encerra 22h30, pelo que entendemos), mas o lugar, que é uma antiga loja de bicicletas, é super transado e bem decorado. Os bartenders são super simpáticos e desenrolaram um inglês para se comunicar com a gente. O chopp da Heinekken é servido "extra cold" e eu que sou apreciadora de vinhos doces me deliciei com o vinho Dei Signori (ainda não encontrei a referência certinha, mas estou procurando). Pra quem gosta de vinho doce, este é perfeito!

Famintos ainda estávamos e fomos em busca de algum lugar aberto à uma hora da manhã para jantarmos. O mais seguro que nos indicaram foi o Mc Donald's e nós, que havíamos prometido evitá-lo, tivemos que ceder. A princípio íamos a pé até a Piazza 24 de mayo, mas as ruas estavam bem desertas a esta hora e, apesar de ser Europa, decidimos não arriscar. Pensamos que seria tão baratinho pegar um táxi que não valia a pena o risco de caminhar em ruas desertas por 20 minutos. A kilometragem do táxi até que não é cara, mas só de entrar nele, durante a madrugada, pagamos 6,20 euros. Então, para curtas distâncias, o táxi não é financeiramente vantajoso, #ficaadica.

Bem... o Mc Donald's realmente estava aberto (até 2 a.m.) e provamos os sanduíches que não existem no Brasil (eu gostei do parmeggiano regentti). Ao redor, havia alguns bares abertos e uma espécie de boate no meio da rua, numa construção antiga, que parecia bem animada. Não anotei o nome, mas fica bem na Piazza. Quem estiver por aqui dá um pulo lá e me conta se vale a pena!

Essa foi nossa noite, voltamos para o hotel de barrigas cheias e fomos planejar nosso novo dia, com direito a visita a estádio de futebol e muitas fotos nos pontos turísticos. Amanhã contarei mais!

Arrivederci!

Ciao, Itália!

Hoje comecei uma nova aventura: viajar por um país cuja língua eu não falo e pouco entendo, a Itália. Famosa por suas massas e belíssimas paisagens, a Itália é sede também da capital mundial da moda: Milão. E é porque aqui que começo meu roteiro.

Partimos de Salvador ontem às 18h e chegamos a Milão hoje às 14:30. Foi uma viagem longíssima, com 10 horas de voo até Frankfurt (onde ficamos perdidinhos com a língua alemã), mais algumas horas de espera e por fim um voo rápido até o aeroporto de Malpensa. Um pouco cansados e desorientados pelo fuso horário (são 5 horas a mais do que Salvador), alugamos um carro na Budget e viemos até o Idea Hotel Milano onde tínhamos reserva. Ele não é tão lindo e moderno como as fotos mostravam e o quarto é bem pequeno, mas tem uma boa localização e pessoal simpático.

De cara encontramos um mexicano, residente do Canadá, que está rodando a Europa (já foram 7 países em duas semanas) e estava afim de papo. Falamos sobre viagens, sobre a língua italiana, sobre o frio canadense e pudemos praticar nosso espanhol. Foi bom lembrar que existe gente assim, disposta a bater papo com desconhecidos pelo simples prazer da conversa. Mas a vontade de botar os pés pra cima era grande, então fizemos nosso check-in e subimos. Desistimos de descansar, arrumamos nossas coisas, tomamos um banho e sebo nas canelas!

Não havíamos planejado o que fazer neste primeiro dia na cidade, mas como já eram 18h e não havíamos almoçado, procuramos por comida! Encontramos um kebab* e uma padaria, então comemos um pouco de carne e um panzerotto (uma espécie de calzone de mozzarela, mas só encontrei o molho de tomate, nada de queijo). Com as energias levemente recarregadas, pegamos a rua principal e fomos passeando, entrando de loja em loja e comprando várias besteirinhas interessantes. Aqui tem uma loja da TIM em cada esquina, acreditam? Amanhã vamos levar nosso passaporte para comprar um chip pré-pago com internet livre, SMS e ligações gratuitas entre TIM da Itália, tudo por 9 euros por mês! Se funcionar mesmo deixo a dica do plano aqui amanhã.

Continuando... Ao final da avenida, encontramos a atração turística mais famosa de Milão: o Duomo. Localizada na Piaza del Duomo (foto abaixo), é a maior catedral gótica do mundo, lindíssima e enorme, que nos deixou de boca aberta. Não entramos pois já estava tarde, mas amanhã voltaremos lá com certeza para tirar muitas fotos! Além da catedral, encontramos também a Galeria Vittorio Emanuele II, um espaço monumental com algumas das marcas mais famosas do mundo (Prada, Mercedez, Louis Viutton - além da Tim, claro!) e alguns restaurantes/cafés super transados. O telhado central da galeria é de vidro e altíssimo, tivemos que parar para admirar toda a beleza do local. Assim como o Duomo, voltaremos lá amanhã para fotos (hoje nossa cara era de cansaço) e experimentar um dos restaurantes.

Por fim voltamos caminhando para o hotel, pois não sabíamos como adquirir o passe para o train (espécie de metrô nas ruas), e levamos meia horinha pra chegar. Apagamos imediatamente, mas já estamos de pé novamente para experimentar um bar italiano à noite, quem sabe tomar um vinho e comer uma pizza...

Arrivederci!

Piaza del Duomo, em Milão. Foto: Adriana Soares

Catedral del Duomo, em Milão. Foto: Adriana Soares

*Para quem não sabe, o kebab é uma carne de carneiro (aqui chama-se vitelo) assada na brasa e colocada aos pedaços no prato ou num pão árabe com salada e molho. É uma refeição comum na Turquia, na Grécia e na costa do Mediterrâneo.